Temporada de caça




Temporada de caça



Sinto o cheiro de medo
Minha pele sente a presença
Ouço com cautela à dança
Dos passos que vêm do rochedo.

Passos apressados,
Quase disparados
O ruído chega cada vez mais perto
E tantos outros que nem ao certo.

Porém, em determinado momento
Admiro o firmamento
E peço às estrelas
Que me concedam uma boa caçada,
Pois meu coração é voraz.
 
E, na noite, sigo calada,
Buscando um ser de amar, capaz.
Paro aflita, observando que sorte, no meu caminho, não verei
Pois todos dos quais provei
Não vi, não senti
E muito menos ouvi
Alguma alma tão bela,
Tão saborosamente singular, que só ela!

Todavia, a temporada
Não está acabada
O sangue delicioso
E o bater molhado
Dos corações fazem-me um chamado
À presa que me saciará
Ou que me destruirá
Inicio a caçada...
A sorte está lançada.

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